sexta-feira, 11 de abril de 2008

POLÍTICA - Renúncia do Prefeito


A tarde da última sexta-feira (4), o prefeito Tony Gel (DEM) realizou uma manobra política nunca vista antes em Caruaru: deixar o cargo executivo para se candidatar a vereador. Com sua saída, o presidente da Câmara, Manoel Teixeira de Lima (Neguinho Teixeira-PSDC), assumiu o comando do Palácio Jaime Nejaim pelos próximos nove meses. O anúncio oficial da saída de Tony Gel ocorreu no escritório político da primeira-dama e deputada estadual Miriam Lacerda (DEM), às 14h, logo após uma reunião de quase duas horas com secretários, adjuntos, diretores de departamentos e assessores especiais. Ao falar para a imprensa, o prefeito mostrou-se muito à vontade e fez questão de afirmar que disputar uma vaga para a Casa Jornalista José Carlos Florêncio realmente sempre foi um desejo pessoal. "Sempre tive um sonho de ser vereador e o destino quis que eu me candidatasse primeiro a prefeito." Sua primeira disputa eleitoral foi em 1988, quando ele perdeu nas urnas para o atual vice-governador João Lyra Neto (PDT). Depois, Tony Gel elegeu-se deputado federal e, desde então, nunca ficou sem mandato, disputando a prefeitura mais três vezes, perdendo mais uma para João Lyra Neto e vencendo duas (2000 e 2004).Ao explicar suas razões, Tony Gel fez questão de dizer que se reuniu com a bancada de vereadores que o apóiam e, como havia prometido uma candidatura de vereador puxadora de votos - há cerca de dois meses ele disse que apresentaria um candidato com mais de 10 mil votos - estava cumprindo sua promessa. "Acredito que podemos reeleger os vereadores que já estão lá e eleger mais alguns", afirmou Tony Gel. Alguns pré-candidatos, como o ex-vereador e atual secretário de Esportes, capitão José Luiz, já avisou que não vai disputar o pleito e seu candidato será Tony Gel. "Eu iria para briga (disputar a eleição), mas acho mais importante apoiar o ex-prefeito neste seu projeto político", disse o secretário. Tony Gel afirmou ainda que sua renúncia não era um golpe eleitoral e lembrou que a opção está prevista na Constituição Federal.



Jornal Vanguarda - publicado em 04/04/2008

Wagner Gil

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