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Próximo de comemorar seus 83 anos, a Banda de Pífanos de Caruaru apresenta o show “No Século XXI, no Pátio do Forró”, e que também dá o nome ao oitavo disco do sexteto. Nele, a lendária banda de Pernambuco, retoma a trilha iniciada no álbum anterior, Tudo Isso É São João, o primeiro lançado pela Trama, que saiu em 1999.Criada pelo trabalhador rural e zabumbeiro Manoel Biano, em 1924, na região de Mata Grande (em Alagoas), a Banda de Pífanos nasceu para perpetuar a tradição da Zabumba Cabaçal, cultivada ao longo de décadas pela família Biano. Ao lado de Manoel estavam seus dois filhos: Benedito (pai de João) e Sebastião, hoje o único remanescente da formação original.Nos primeiros tempos, a banda tocava em novenas, enterros de anjos (crianças) e comemorações religiosas, enfrentando longas caminhadas para se apresentar em cidadezinhas distantes. Até que em 1939 a família Biano chegou a Caruaru, no interior pernambucano, onde decidiu se estabelecer. Com a morte de Manoel, em 1955, a zabumba foi assumida por João, o primeiro neto do fundador a integrar o grupo, então batizado oficialmente de Banda de Pífanos de Caruaru. Hoje, Amaro (surdo), José (prato) e Gilberto (tarol), todos membros da família, completam a atual formação, o sexteto.“Forró é a casa onde se dança”, ensina João Biano, explicando que, diferentemente do que pensam muitos, forró não é um ritmo musical específico, mas sim um local em que se dança diversos ritmos da música nordestina. Veio daí a inspiração para o “No Pátio do Forró”, xote composto por João e Gilberto Biano, que inspirou o título do álbum. “O Pátio do Forró”.Fiel ao espírito desse gênero, o novo álbum da Banda de Pífanos exibe em suas 14 faixas uma rica variedade de ritmos. Do arrasta-pé “Marina” (de João Biano) ao clássico xote “Vida de Viajante”, a banda contagia o ouvinte passando por cirandas, baiões e rojões.Trazendo cinco faixas que mencionam Caruaru nas letras, o novo álbum da Banda de Pífanos também não deixa de ser uma homenagem carinhosa, mesmo que indireta, à cidade pernambucana que acolheu a família Biano durante quatro décadas.Certo de que esta fase mais orientada para o forró não contraria em nada o passado musical da Banda de Pífanos, João Biano lembra que o grupo já tinha tradição nesse gênero. “Nós tocamos muitas vezes com o Luiz Gonzaga, com Jackson do Pandeiro, Anastácia, Marinês, Trio Nordestino, com todo mundo”, diz ele, referindo-se aos artistas que deram consistência a esse gênero musical. Todos eles estejam vivos ou não, certamente vão receber de braços abertos mais esse trabalho dos quase octogenários Beatles de Caruaru.O PRÊMIO TIM DE MÚSICANo dia 7 de Julho de 2005, aconteceu a segunda edição do Prêmio TIM de Música. A premiação, que ocorreu no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, incentiva a música brasileira. Na categoria regional, a Banda de Pífanos de Caruaru (artista da gravadora TRAMA) levou o prêmio de Melhor Grupo.João Biano, da Banda de Pífanos de Caruaru, disse que não esperava o prêmio, mas que foi muito especial. "Foi totalmente diferente do acostumado”. A gente recebia muitos elogios, “mas esse foi um prêmio", disse Biano. "Foi muito contagiante, uma alegria muito forte pegar o prêmio lá em cima do palco", completou o músico.Fundação de Cultura destaca premiação da Banda de Pífanos de CaruaruFonte: http://www.caruaru.pe.gov.br/interna.asp?idmat=1030A Fundação de Cultura parabeniza os integrantes da Banda de Pífanos de Caruaru pela homenagem recebida na tarde da última quarta-feira, 08, no Palácio do Planalto. O grupo foi condecorado com a entrega da Ordem do Mérito Cultural 2006, que há 12 anos premia artistas e entidades da cultura brasileira.O líder da banda, Sebastião Biano, recebeu a medalha das mãos do Presidente da República, Luiz Inácio da Silva. O tema da congratulação este ano foi Patrimônios, Memórias e Valores Brasileiros, que teve o objetivo de iniciar as comemorações dos 70 anos de criação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.“É com enorme satisfação que recebemos esta notícia. A Banda de Pífanos de Caruaru representa neste momento a riqueza dos valores que nossa cidade gera. A condecoração da Ordem do Mérito Cultural revela que estes artistas, que se destacam no sul do país com a nossa música popular, mantêm suas raízes e continuam engrandecendo nossas tradições”, diz José Seródio, Presidente da Fundação de Cultura, sobre a satisfação em ter o grupo destacado na premiação.BANDA DE PÍFANOS DE CARUARUEssa história começou de longa data, em 1924, no sertão alagoano. Lá vivia o precursor de tudo isso, Manoel Clarindo Biano. Herdeiro dos instrumentos de seu pai, um bombo, um prato e dois pífanos de taboca, deu início a uma verdadeira saga.Assim, participava das festas da região, ao mesmo tempo em que repassava seus conhecimentos aos filhos, Sebastião e Benedito. Prosseguiram entre Alagoas e Pernambuco até chegarem, em 1939, à Capital do Forró e dos Pífanos: Caruaru. Passados 16 anos, a família perderia Manoel Biano. Antes de morrer, deixou a incumbência aos filhos, Sebastião e Benedito, de darem continuidade à tradição da banda que ia além, era de geração a geração. Eles então atenderam ao pedido e com seus filhos formaram a Banda de Pífanos de Caruaru, em 1955.Em 1972, a banda viria a gravar o primeiro LP, “Banda de Pífano Zabumba Caruaru”. Foi então que rumaram para São Paulo, onde participaram de documentários, espetáculos e de discos de outros artistas. Em 1973, gravaram o volume 2 de “Banda de Pífano Zabumba Caruaru”. Partiram para apresentações no exterior, onde reforçaram o valor dado, também em outros países, à cultura popular nordestina.Vítima de problemas cardíacos, um dos fundadores da banda, Benedito Biano, faleceu em 1999, em São Paulo.A banda continua e ao longo dos tempos, viria a gravar mais seis discos e com eles ser reconhecida no cenário musical nacional e internacional, como o Grammy Latino, na categoria Melhor Grupo Regional de Raiz, com o disco “Banda de Pífanos de Caruaru: No Século XXI”, em 2004.
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